Hasta siempre, comandante!

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Tido como o último grande líder vivo do século XX, Fidel Castro Ruz faleceu no último dia 25 de novembro aos 90 anos de idade. A notícia de sua morte foi amplamente divulgada pela mídia e discutida em redes sociais, onde opiniões radicalmente distintas se colocaram a respeito do líder da revolução cubana de 1959.

Fidel Castro iniciou sua carreira política no movimento estudantilem 1945, quando entrou para o curso de direito na Universidade de Havana e se candidatou, sem sucesso, para a presidência da Federação de Estudantes Universitário com uma plataforma crítica ao então presidente Ramón Grau.

Em 1947, Fidel entrou para o Partido Socialista do Povo Cubano. Como opositor ao governo, Fidel passou a receber ameaças de morte de líderes de gangues e milícias que defendiam o governo Grau. Depois de graduado, Fidel passou a se dedicar à defesa dos trabalhadores e dos sindicatos contra a corrupção do governo, que foi derrubado pelo golpe de Fulgêncio Batista em 1952.

“Hoje milhões de crianças pelo mundo dormirão nas ruas.
Nenhuma delas é Cubana.”

A Revolução foi o divisor de águas da história cubana. O país caribenho passou de uma simples colônia de férias de verão dos EUA para um país que luta por justiça social e pelo bem-estar de seu povo.

Desde os primeiros anos depois da Revolução foram tomadas medidas e atividades para o desenvolvimento do país, como a nacionalização de empresas estrangeiras, as reformas agrária e urbana, o desenvolvimento da indústria nacional e a diversificação agrícola, a campanha de alfabetização, a nacionalização e a gratuidade do ensino em todos os níveis, e a implantação da saúde pública a todos, a melhoria das condições de vida dos setores mais populares, o estabelecimento de vínculos com nações de todo o mundo e todos os sistemas sociais de governo, a definição de uma política exterior independente e a declaração do caráter socialista da revolução em abril de 1961.

Cuba passou a sofrer com o embargo econômico dos EUA em 1960, depois das leis de expropriação de terras e empresas feita pelo governo revolucionário e por sua aproximação com a antiga União Soviética, quando o mundo se dividia entre as duas potências na Guerra Fria.

Apesar do embargo econômico, Cuba seguiu sendo um dos países com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América Latina, segundo a ONU.

Sob o comando de Fidel Castro, Cuba se tornou referência na área de saúde pública, sendo exemplo mundial de formação de médicos e de programas de atenção básica. O país foi responsável pelo envio de médicos para diversas regiões do planeta para assistência em causas humanitárias.

Cuba também é reconhecida internacionalmente por ter um sistema educacional com plena participação de crianças e jovens e por ter em poucos anos erradicado o analfabetismo.

Fidel deixou um legado precioso para o povo cubano, apesar de toda a propaganda negativa, inclusive no Brasil, Fidel é tido como um dos principais líderes mundiais do século XX.

O falecimento de Fidel e o horizonte da esquerda latinoamericana
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