A história tem mostrado que essa força, juntamente com os esforços da diretoria do SINCOVERG, tem garantido inúmeras conquistas através dos anos, mesmo em períodos de intensa dificuldades como o que atravessamos, desde que teve início a pandemia do Coronavírus.
Neste cenário, sabemos das dificuldades que teremos que enfrentar e sabemos que o caminho será difícil. A contaminação pela Covid continua alta e o momento econômico do país é um dos piores, com uma crise sem precedentes, com inflação em alta, além de ataques aos direitos trabalhistas.
Não bastasse isso, a cena política é extremamente adversa, com um governo municipal que nunca atende às reivindicações dos trabalhadores do transporte público e demonstra não ter qualquer sensibilidade com as necessidades do trabalhador. Tanto é que, diante da queda no número de usuários devido à pandemia (hoje os coletivos circulam com 58% dos passageiros em relação a fevereiro do ano passado, antes da pandemia), em vez de medidas para aliviar o impacto no setor, cortou subsídios às empresas, diferentemente do que ocorreu em outras cidades, como a Capital, que aumentou o repasse às empresas para garantir o funcionamento.
O resultado desse descaso da administração do prefeito Guti foi o fechamento de duas empresas que atuavam na cidade, o que resultou na perda de centenas de postos de trabalho. Por meio do SINCOVERG foram garantidos os direitos dos trabalhadores demitidos na recontratação por outras empresas. Mas essa omissão do governo pode resultar no fechamento de mais uma empresa.
Além das garantias de renda e emprego, em vista de um problema de saúde pública, tivemos de lutar para preservar o maior bem que possuímos: a vida. Por isso foram negociados o afastamento dos trabalhadores dos grupos de risco, sem perda de ganho e também manutenção de cesta básica e convênio médico.
No fim de ano, a mobilização da categoria e a ação do sindicato foi importante para garantir que acordos fechados com os patrões fossem cumpridos, pois eles ameaçaram não pagar integralmente o 13º e o não pagamento das horas extras. No final, todos os direitos foram depositados em dia.
Devido à pandemia e também à crise econômica, empresas de transporte de cargas, concreto, do diferenciado e comércio em geral fecharam suas portas, o que diminuiu nossa base. Mas isso só reforça nossa necessidade de união para continuar garantindo conquistas históricas como as obtidas através dos anos por meio da mobilização da categoria, como convênio familiar, cesta básica gratuita, vale refeição nas férias, prêmio por tempo de serviço, reajustes salariais acima da inflação, cota para mulheres, fim do motorista leve, redução do tempo de treinee, cota de motorista flexível, seguro de vida, auxílio funeral, licença maternidade, entre outros.